Desabafo
Roland Barthes lendo um pouquinho
Agora dei pra desabafos. Era só o que me faltava! Do que sei, afinal? Tudo é escuro-claro. Apenas cumpro, em mim, a sina.
Eu queria tanto tão pouco. Liberdade, antes de ser vivida, é palavra que precisa ser escrita (sem esquecer as asas). Não sei se concordo com o Barthes quando diz que “todo discurso é fascista”. Mas quando ele coloca que só a literatura pode libertar, aí sim, me rendo. Não há nada mais frustrante do que este nosso mundo tido por – pasmem, os que me sentem – lógico. O mundo não é lógico. A vida não é lógica. Viver não é lógico. Um lógico não é lógico. Querer ser lógico é assinar um termo de escravidão, um termo de antivida em si mesmo. Eu quero a perplexidade das coisas que me ultrapassam infinitamente. EU NÃO QUERO O MUNDO PRODUZIDO EM SÉRIE! Eu quero ouvir o barulho do rio e enxergar não-vendo os seus movimentos invisíveis. Eu quero um soco! Um beijo roubado. Eu quero essa palavra pequenina que se chama: liberatura!
1 Comments:
Poxa, ainda estás de cara com a lógica! Lógica é legal. Mas nem o Barthes é lógico, a escrita dele é bem romantizada. hahaha
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