intenção e gesto
escrever, escrever...
Comecei hoje um conto que não sei bem aonde vai parar. Mas como sou um bom mentiroso, escrevi em uma parte lá: “Embora nem desconfiasse, aquela poltrona aguardava-o, especialmente. E o desfecho dessa estória nos dará a certeza de que não há acaso, mesmo nos vagos assentos dos ônibus”.
Será? É engraçado, mas pela primeira vez começo a escrever com uma vaga idéia do que quero não dizer. Talvez seja um sinalzinho de maturidade. Talvez seja só talvez. Quero tentar mostrar a ternura que surge nas pessoas inesperadas, nos momentos menos esperados, no ralar do dia-a-dia. Quero não mostrar a crueza. Chega dessa tristeza emudecedora. Quero mostrar a reconciliação com a alegria, com a festa que pode ser viver (quando se tem sentido para). Tomara que eu consiga!
3 Comments:
Obrigado pelo comentário: mais que inesperado, visto o muro de lamentações que meu blog anda nos últimos dias.
Quanto ao "trio ternura" Dostoievskij/Marx/Nietzsche: descontando a interpretação de cada um, é óbvio que o primeiro não se referia especificamente aos dois, até porque Niezsche só começou a falar do übermensch de verdade 20 anos depois. Na verdade tem muito naquele post de um quarto(!!!) nível de leitura, muito pessoal e se referindo a certas pessoas que, a meu ver, andam se achando muito dionisíacas... ;)
Parece que o tema central dos blogs de hj é 'conto: crie uma história' :)
Estava até comentando no blog do Tiago a tortura que sempre passo com uma idéia e acabo não colocando no papel.
Seu relato me lembrou de longe minha última idéia de conto, que foi tão dolorosa só em pensar (algo inspirado na obra clariceana) que acabei por deixar um pouco de lado. Uma pena, só está faltando o final...
De fato, o negócio é começar. Já dizia o Haroldão, na sua "e começo aqui": "O que importa não é a viagem mas o começo da"
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