"Eu queria saber o amor..."
"pronto: e virou vagalumes..."
O último sábado, sem dúvida, foi um dos melhores dias de minha vida. Estive com o pessoal do nosso grupo de “Literatura e Espiritualidade”. Havíamos lido previamente o conto “A Partida do Audaz Navegante”, do Guimarães Rosa. Foram lindas, especiais demais, as conversas que tivemos sobre a estória. Ficamos juntos o dia inteiro, ao redor do fogo na maior parte do tempo, tocando violão e cantando. Jamais me esquecerei do “Se todos fossem iguais a você...”, cantado por todos os oito (nós), à beira da lareira, entre uma comoção absurdamente linda e mágica, típica desses momentos que vêm de não-sei-onde, talvez de um lugar para o qual falte um nome que lhe possa expressar, com um mínimo de fidelidade, a tamanha beleza que contém.
Saborear internamente
Santo Inácio de Loyola dizia que o principal para meditar é “saborear internamente as palavras”. Até agora estou saboreando as palavras do narrador de “A Partida do Audaz Navegante”. Eis o que ele me falou, sobre o amor inocente e doce de Zito e Ciganinha:
“Eles se disseram, assim eles dois, coisas grandes em palavras pequenas, ti a mim, me a ti, e tanto”.
Confesso que essas palavras desnudaram em mim um lugar que eu desconhecia. E pronto...
4 Comments:
pena que eu pude passar por isso tb... :S bjão!
Que legal isso... tb quero :)
As coisas q não têm palavra 'encontrável' são as melhores, por vezes inesquecíveis.
O conto eu não li, ainda :)
Que agradável conversar ctgo, ternura é indubitavelmente um adjetivo feito pra vc! :)
inté, bjos!
Que lindo Pablo! Pude imaginar e até sentir um pouco desse momento sublime de vocês em volta do fogo.. Isso é amor.
Também lembrei que faz muito que não sinto-me assim.
Beijo!
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