entre o céu a terra
Campo de trigo com corvos (1890), Van Gogh.
Dois temas me impressionam, desde lá do meu profundamente: a morte e a solidão. Sol e girassol, volto a eles. Mas mesmo o que acontece, desconfio, é que nem volto, nem vou. Porque não me saem, sempre nunca, de mim. E esse jeito tosco de escrever, de me repetir, de redundar-me em mim depois de mim, talvez seja o desejo da água na pedra, a bater, a bater, a procurar o espaço onde não há. Onde a é apenas a, e não (respiração suspensa) há. O desejo de passar ao que não passa? Será a alegria o pequeno sertão de eternidade que posso tocar neste vale de páginas? Morte e solidão não me saem, não me saem. Escrevo porque morro? E sozinho?
2 Comments:
Essa ambiguidade, ao meu ver, é fascinante, ao mesmo tempo q consome. "Onde a é apenas a, e não (respiração suspensa) há". É algo.
bjao!
Eu comentaria qualquer coisa redundante, mas acho que acabaria não contribuíndo muito.
Fica portanto a nota de que te compreendo. :)
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