como amar de novo
A persistência da memória (1931), Salvador Dalí.
Esquecer o que é importante (existencialmente importante, leia-se) me incomoda. Já tinha dito isso em um comentário no blog da Fá. Bom, há tempos escrevi um poema para, creio, não me esquecer de que é importante não me esquecer do que é importante.
Do esquecimento
Eu saio, de mãos dadas comigo,
quando o tempo do agora cansou,
e vou-me a reviver.
Há muitos momentos que, tiranamente,
me proíbo de esquecer.
Para mim,
é como morrer e matar, esquecer.
Lembrando sempre, assim é que permaneço,
de forma diversa, ligado a tudo que me fez homem-humano.
Lembrar é como amar de novo,
e eu preciso tanto.
2 Comments:
Penso que seja essencial lutar contra a 'automatização" da vida, da Técnica acima de tudo. As pessoas confundem o sentido da vida com somente ter dinheiro, status... às vezes querem me fazer achar q o q penso não passa de devaneio, que o lirismo não passa de utopia. Resisto, enquanto ouver poesia :)
"Lembrar é como amar de novo,
e eu preciso tanto."
- vem bem a calhar, eu que me recordo docemente de quando morava em RG.
eu tb preciso tanto...
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