Tuesday, June 21, 2005

nossa vã filosofia...


"Dir wird gewiss einmal bei deiner Gottähnlichkeit bange!".

A vontade de postar algo se escondeu de mim, mas vá lá...
Estou lendo, por puro divertimento, o “Fausto”, do Goethe. É desnecessário fazer qualquer elogio sobre o livro. O Prólogo no Céu, no início da obra, me lembrou um pouco a história de Jó. Até agora, algumas frases me impressionaram. Compartilho-as:

“Penetrai bem profundo em toda a vida humana!
Se cada qual a vive, não muitos a conhecem,
A muitos ela engana”.
(Palhaço, Prólogo no Teatro).

“Do sol e das estrelas eu nada compreendo,
Atormentar os homens é só o que entendo,
E o homem há de ser sempre um grande toleirão,
Como no dia primeiro em que houve a criação”.
(Mefistófeles, Prólogo no Céu).

“Quero te agradecer. Dos que a morte elimina
Nunca me agrada muito a estranha companhia.
Quero vivos tentar, gordas faces rosadas,
Cadáveres desprezo sempre como o gato:
Vendo a presa morrer, logo abandona o rato”.
(Mefistófeles, Prólogo no Céu).

2 Comments:

Blogger Tiago Tresoldi said...

Esse livro chega a ser um pouco assustador, daqueles que acabas e pensas "bá". Não é à toa que continua sendo um dos mais importante da literatura dos últimos séculos. Werther também é valioso, claro, mas acho que fez mais sucesso mesmo foi pelo tema do suicídio que acabou se tornando uma febre, uma "hype".

Fausto por outro lado joga com um monte de arquétipos humanos e junta a profundidade com uma rapidez incomum. Já faz muito tempo que li, talvez tenha até lido um pouco cedo demais para começar a compreender toda sua grandeza. Quem sabe me determino para ler nas férias. :)

Falando nisso, teve uma pequena troca de comentários sobre o Fausto entre eu e Andréia alguns meses atrás. Coincidências bobas. :)))

10:58 AM  
Blogger  said...

O Italiano fala do livro como fala da tia Clarice "qdo acabas pensas 'bá'", já vi que tenho q lê-lo urgentemente, ainda mais com essas frases!!!
;)

1:14 PM  

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