Às voltas
Depois desta ausência de dezembros, áridos desertos, eis-me de novo às voltas com certos meus escritos: comigo mesmo, às voltas.
Remembranças
Eu me recordo do tempo que não vivi – e sinto saudade. Como se estranhamente morresse antes mesmo de haver havido. Sofro a solidão mal curada, inacostumável: fria e dolorosa, dolorosamente fria. Mas firmo, inconteste, meus pés num chão que não há, não nunca, houve. E quero-me mais, maior do que isto que sou. Mas sei lá se alguém ou algo me ouve nesta galáxia de leite que se move desde sempre, tanto tempo atrás. Sei lá se alguém se importa, enfim.
Quereres
Pinto quadros a cuspe, e me rio: sangue e solidão. Quero e digo, redigo: não. Não quero isso que todos querem. Quero nem mesmo o contrário. Quero-me, simplesmente. Encontrar-me por entre as coisas todas: garfos, fitas, facas, sinos, mesas, luas, gritos, vidros, macas, nossas, minhas, suas. Quero entender o sentido disso tudo. Saber por que sou, sinto e necessito sentir - ser. Se Deus existe no entre gemidos deste vale? Ai, lhe digo, me creia ou não: sim, mas às vezes não. Não parece que. Se esconde-esconde, brinca.
Remembranças
Eu me recordo do tempo que não vivi – e sinto saudade. Como se estranhamente morresse antes mesmo de haver havido. Sofro a solidão mal curada, inacostumável: fria e dolorosa, dolorosamente fria. Mas firmo, inconteste, meus pés num chão que não há, não nunca, houve. E quero-me mais, maior do que isto que sou. Mas sei lá se alguém ou algo me ouve nesta galáxia de leite que se move desde sempre, tanto tempo atrás. Sei lá se alguém se importa, enfim.
Quereres
Pinto quadros a cuspe, e me rio: sangue e solidão. Quero e digo, redigo: não. Não quero isso que todos querem. Quero nem mesmo o contrário. Quero-me, simplesmente. Encontrar-me por entre as coisas todas: garfos, fitas, facas, sinos, mesas, luas, gritos, vidros, macas, nossas, minhas, suas. Quero entender o sentido disso tudo. Saber por que sou, sinto e necessito sentir - ser. Se Deus existe no entre gemidos deste vale? Ai, lhe digo, me creia ou não: sim, mas às vezes não. Não parece que. Se esconde-esconde, brinca.
7 Comments:
Fiquei feliz em ver o LIBERATURA em negrito indicando um novo post. :D Como andas?
Bah... Bons ventos!
Fiquei feliz com o retorno, tbm... ;)
que alívio... :) bjão.
Que bom que voltasses, gostei de ler novamente os teus textos. Eaí como estás? bjo
É feio. Copiar é mesmo feio.
http://br.geocities.com/liberatura2/
Se não foi copianço, foi balda: faz-se sempre uma pesquisa na net antes de inventar a roda. Pode já ter sido inventada...
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Ao João Cardoso.
Tudo bem?
Sinceramente, não gostei muito do tom das tuas palavras.
Não tive a intenção de copiar ninguém. E nem preciso disso.
E também não tive a intenção de inventar a roda com o nome "liberatura".
Aliás, se me permite, não há palavra que tenha dono. Mais: há uma relação entre o intérprete e o interpretante que vai muito além de uma simples e absurda relação de posse. Poderias - se tiveres tempo, paciência e inteligência - dar uma olhada na semiótica de Charles Sanders Pierce.
Abraços,
Pablo.
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